O QUE OFERECER E COMO COBRAR PELO SEU TRABALHO

by - maio 13, 2019


imagem Pixabay




COMO COMEÇAR 

Para ter um produto que as pessoas queiram adquirir é preciso buscar sempre originalidade, diferenciação, inovação, ou seja, ter um produto original e de qualidade. Esse é o primeiro passo para desenvolver um negócio de sucesso. 

Se seu produto é bom e você quer se profissionalizar, comece elaborando um portfólio onde as pessoas possam visualizar seus produtos. 

Este pode ser organizado por temas, serviços, produtos e até mesmo por cores ou tendências. 

Depois de organizar, fotografe seus produtos e se possível uma produção do que vai oferecer. 

Também é importante entender qual o seu público-alvo e onde oferecer seus trabalhos. 

Hoje em dia, os canais da Internet como Facebook, blogs e Instagram são uma excelente opção para mostrar trabalhos e fazer negócios. 

Mas você pode definir outros públicos-alvo como, por exemplo, escolas, lojas perto da sua localidade, clubes e tantos outros. 

Dica: defina seu canal de atuação e sua estratégia de negócios. Ex: o que vai oferecer e se concentre neste mercado oferecendo seu trabalho via mídia social, por email, apresentações ou visitas presenciais. 

QUANTO COBRAR

Depois de definir o portfólio, começa outro grande dilema para a maioria dos: definir quanto cobrar pelo trabalho. 

Qualquer serviço é um trabalho personalizado e singular, feito individualmente, ou seja, é um trabalho único e primoroso que precisa de atenção, precisão, meticulosidade e paciência e isso tudo tem que entrar na conta. 

Deve-se pensar em todos, mais todos os custos para precificar certo e não errar, pois o valor final de um produto depende da soma de diversos custos, inclusive da sua hora de trabalho/salário. 

Entra nessa conta a matéria-prima, mão de obra, impostos, porcentagem sobre a venda, contas básicas como luz, internet e telefone, material de escritório, embalagens e muitos outros. 

Dica: muitos profissionais constroem uma marca de sucesso e quando isso acontece, o produto começa a ter valor por sua marca também. Pense nisso e faça certo! 

O ideal é fazer o seguinte cálculo. 

1) Custos variáveis

estes são os custos que variam conforme a produção, ou seja, eles variam conforme o volume de venda. Como? 

São os custos que aumentam ou diminuem conforme se aumenta ou diminui a venda. 

Entra neste cálculo, o custo com matéria-prima, embalagens, taxas sobre as vendas como comissão para vendedores, bazares ou lojas físicas ou virtuais, gastos com combustível ou transporte, correios, propaganda, participação em feiras e eventos e muito mais. 

Dica: Gasto com material - faça uma ficha técnica com custos de todo material que será utilizado, desde o papel, os enfeites, a cola e a embalagem para definir o preço do produto final. Para isso é importante saber a quantidade exata do que se gasta. Fazer as contas de qualquer jeito resulta em gastos mal calculados e prejuízo. 

2) Custos fixos 

Estes são os custos que qualquer empreendedor terá. Não importa se vender ou não vender seu produto, estes custos tem que ser planilhados e pagos todo mês. 

Entra nesta conta: aluguel, água, telefone, todas as despesas da internet,hora do trabalho/salário, gás, contador, impostos, seguro, depreciação, entre outros. 

Dica: Hora de trabalho - o primeiro passo para definir o valor de seu salário ou hora de trabalho é definir o que você deseja conquistar com o seu negócio criativo? 

Uma renda extra para ajudar as despesas domésticas? Dinheiro para cobrir seus custos com algum projeto como cursos ou viagens, por exemplo? Ou deseja que este se torne sua principal fonte de renda? 

Depois disso, calcule o quanto vale a sua hora de trabalho. Exemplo: pelo trabalho que eu faço considero justo um salário de R$ 3.500,00 por mês. 

Que bom!!! Não, não é bom.... é preciso ter um valor base de seu mercado de atuação. 

Para calcular seu salário, pegue o maior salário base de sua área de atuação, por exemplo. Divida este valor pelos dias que trabalhará nesta atividade, ou seja, se trabalhar 20 dias úteis sendo 8 horas de serviço por dia, a hora de trabalho equivale a 20 reais (usando como base o salário de R$ 3.500,00 por mês). Seja sempre justa neste cálculo! 

Dica: MEI - se o empreendedor artesanal está começando ele pode se tornar um MEI - Microempreendedor Individual que é a pessoa que trabalha por conta própria e que se legaliza como pequeno empresário. 

Para ser um microempreendedor individual é necessário faturar no máximo até R$ 81.000,00 por ano. O empreendedor também não pode ter participação em outra empresa como sócio ou titular. 

O MEI permite que se tenha um empregado contratado que receba o salário mínimo ou mesmo o piso da categoria. 

E tem mais, foi criada a Lei Complementar nº 128, de 19/12/2008 dando condições especiais para que o trabalhador conhecido como informal, possibilitando que este se torne um MEI legalizado. 

Entre as vantagens oferecidas pela lei está o registro no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas (CNPJ), o que facilita muito a abertura de conta bancária, o pedido de empréstimos e a emissão de notas fiscais. 

Além disso, o empreendedor (MEI) é enquadrado no Simples Nacional, ficando isento dos tributos federais com Imposto de Renda, PIS, COFINS, IPI e CSLL. 

Para ser um MEI, ele pagará apenas o valor fixo mensal de pendendo da sua atividade: comércio ou indústria, prestação de serviços ou comércio e serviços. Este valor será destinado à Previdência Social e ao ICMS ou ISS. Essas quantias são atualizadas anualmente, de acordo com o salário mínimo e hoje não passam de R$ 50,00. 

Com essas contribuições, o MEI conquista benefícios como auxílio maternidade, auxílio doença, aposentadoria, entre outros. 

E o mais importante registrando seu negócio pelo MEI, tem todas as vantagens de estar com um negócio regularizado. 

Dica: Atenção!!!! Seu banho não pode ser computado nos custos fixos. É isso mesmo. Um dos maiores erros de quem começa um negócio em casa é misturar as contas profissionais e as pessoais. Para isso não acontecer o ideal é dividir as contas mensais pelo número de horas que existe no mês, ou seja 720 horas. 

Este cálculo permite que se descubra o valor/hora de cada conta. 

Depois, é só multiplicar o valor encontrado pelo número de horas efetivamente trabalhadas. Se quiser ser ainda mais detalhista, calcule somente o gasto dos aparelhos que utiliza. Assim, seus banhos demorados, o uso da máquina de lavar e da TV ficam realmente fora destes custos. 

Dica: Depreciação - essa é bem fácil. Depreciação é o cálculo do desgaste natural de utensílios, peças e ferramentas. 

Afinal, a utilização constante destes equipamentos resultam em quebra ou mau funcionamento destes objetos. E há duas opções quando isso acontece, a manutenção ou a compra de um aparelho novo. 

Mas, como cálculo a depreciação. 

É fácil, basta calcular o valor de mercado menos o valor residual dividido pela vida útil, ou seja, 

Depreciação = valor de mercado (quanto custa um produto novo) – valor residual (quanto custa este produto usado) /vida útil (quando dura este produto) 

Depois de você calcular o valor da depreciação de seu objeto, seria bom guardar mensalmente este valor em uma conta ou poupança, por exemplo. 

E ter isto como despesa fixa, pois se seu maquinário quebra em um mês de poucas vendas, basta utilizar esta reserva para consertar seu produto, sem que isto cause problemas no orçamento. 

Mas lembre-se, ao colocar o valor da depreciação como despesa fixa, divida-o por 12 meses. 

E uma última informação, maquinários leves tem vida útil média de 5 anos. Maquinários pesados e móveis de escritório tem vida útil média de 10 anos. 

3) Lucro

É tudo o que sobra das vendas, depois de computados os custos fixos e variáveis, ou seja, é a quantia a mais que se recebe a cada produto vendido retirando-se os custos. Simplificando, é aquela quantia ”livre” que você receberá a cada produto vendido. 

E este dinheiro que pode e deve ser reinvestido em seu negócio para ter rentabilidade e perspectiva de crescimento. 

Dica: O lucro é a razão de ser de qualquer negócio, mesmo para os pequenos artesãos. Por isso não compre um carro com o primeiro lucro que obtiver, pois se usar este dinheiro de maneira errada, certamente faltará dinheiro para ver seu negócio crescer. 

E o valor unitário? 

Depois destes resultados, existe um cálculo que não deve ser esquecido. O custo unitário de seu produto. 

Ex. Para fazer 20 peças utilizo 2 horas de meu tempo 

Meu custo variável é de R$ 100,00 (embalagem, decoração, entrega, etc...) 

Já meu custo fixo é de R$ 20,00 (salário + depreciação + % de aluguel, luz, etc...por 2 horas trabalhadas) 


Depois disso, basta dividir o resultado desta soma pelo número de peças feitas, para acharmos o valor unitário. 

Valor variável .....R$ 100,00
Valor fixo ...........R$ 20,00
Total …...............R$ 120,00/20 peças=R$ 6,00 por peça.

Muito importante 

- Não fique mudando o valor dos produtos que você vende. Calcule corretamente. 

- Valorize seu trabalho de profissional. 

- Não é justo cobrar por um peça que só utiliza menos material o mesmo valor de uma peça mais elaborada. Orçamentos tem que ser feitos de acordo com o trabalho e o material empregado. Muito menos cobre por uma peça que usa um acabamento diferenciado quando você usou o mais em conta para baratear o custo. Qualidade sempre! 

- Trabalhe sempre honestamente, nunca ofereça o que você não pode fazer. 

- Cative seus clientes com diferenciação, promoções e outras ações de marketing 

- Seja honesta e profissional sempre! 



Dê o seu melhor, pois com determinação, planejamento e trabalho, vale a pena empreender!! 

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